Grupo de Pesquisa e Estudos em Educação Ambiental

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Chegamos em dezembro, na verdade estamos no final do mesmo, as casa se fantasiaram com luzes, bolas e cores, as pessoas tornam-se mais afetivas, emotivas com sorriso a dar e vender. Chegamos no Natal, o comércio comemora com mega promoções, liquidações, e prestações a perder de vista, lojas, shoppings e supermercados lotados, elevadores, escadas, praça de alimentação e até os banheiros lotados, bônus do nosso modelo de desenvolvimento econômico (MDE), tal MDE fundamenta-se no lucro a qualquer custo, vale lembrar que dezembro é o mês em que o comércio mais lucra, compramos na maioria dos casos sem buscar conhecer de onde vem nossos produtos, esquecemos que os recursos naturais base para fabricação destes são utilizados sem nenhuma apreciação; o ambiente é visto como um supermercado gratuito, com infinita reposição de estoque, em que se privatiza o benefício e se despreza e socializa o custo.
As pessoas ultrapassam seus limites e extrapolam nas compras, começam o mês com um mega boleto para pagar, presente de final de ano.
Deixamos de lado o real sentido do natal, independentemente da crença de cada um, a data simboliza o nascimento da esperança, da compaixão, de busca por novos objetivos.
Celebremos a vida talvez esse seja o real sentido do natal. Começamos o novo ano pronto para aceitar novas idéias, desprovidos de preconceitos na busca acima de tudo a solidariedade, a igualdade e o respeito à diferença no objeto de criar novas atitudes e comportamentos face ao próximo, ao consumo na nossa sociedade e de estimular a mudança de valores individuais e coletivos.
Nós do Grupo de Pesquisa e Estudos em Educação Ambiental - BIOUNIVERSIDADE desejamos a todos um natal repleto de realizações em família, sozinho, a dois, a três, como for lembrem-se do real espírito natalino, um sorriso e um abraço sincero valem muito mais que uns belos presentes. 
Celebrem a vida.



Sadraque Caetano

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Aprendizado e brincadeira.


O brinquedo tem grande importância nas brincadeiras das crianças, pois a ajuda a construir alicerces para a percepção do mundo dos objetos humanos. Durante as fases iniciais do desenvolvimento infantil a criança começa a tomar consciência do mundo amplo dos objetos.
Durante esse período a criança começa a desenvolver a consciência do “eu mesmo” e também quer começar a tomar posse e agir com os objetos dos adultos. Quando uma criança está dentro de um carro, ela quer sozinha guiar o carro, mas não pode porque ainda não pode dominar tais operações, como dirigir.
De acordo com Alexis N. Leonitiev no livro Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem, essa contradição da criança pode ser resolvida com atividades lúdicas. Pois para a criança, nas brincadeiras não importa realmente o resultado final das atividades, mas sim o fato de ela “agir” como um adulto.
Dando à criança brinquedo de diferentes formas e tamanhos, bem como liberdade para explorá-los, a ela aprenderá a distingui-los e reconhecê-los, tomar consciência de suas semelhanças e diferenças, classificá-los e simbolizá-los.
O brinquedo é uma oportunidade de desenvolvimento infantil, tem uma conotação cultural, material e técnica. Com ele a criança também experimenta, descobre, cria, aprende, estimula a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, a concentração, a atenção e principalmente, se diverte. 




 Lixeiras de coleta seletiva... aprender a reciclar brincando  
                              
Ana L. Muxfeldt

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O GUARANI

No sussuro das queimadas
vozes clamam por piedade.
Delírios, supiros,
medo.
Árvores se retorcem a cada labareda que a consome.
Devastando a floresta.
Poluindo o ambiente.
Desfazendo a paisagem.
Trocaram as flechas dos índios
por machados, serrotes e facões.
As aves que ali viviam,
fugiram com as mulheres e crianças
em busca de abrigo
mas não encontraram.
Os que sobreviveram, tentam vencer o sofrimento
da cidade grande em um barraco simples, 
dois cômodos sem mesa, sem cozinha.
Na floresta hoje pasto
gados se sacrificam para saciar a fome de poucos,
na cidade hoje noite, clamo por piedade
sem casa, 
sem sonho.
Sem nada.
Solitário.


Sadraque caetano


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Construtora utiliza do termo "Sustentabilidade" em obras, mas prevê construção de shopping em área de mananciais em Cascavel - PR.

Nunca se ouviu falar tanto nessa palavra quanto nos dias atuais: 
SUSTENTABILIDADE.

          Recorrendo ao dicionário Houaiss, temos que sustentabilidade é: característica ou condição do que é sustentável - que pode ser sustentado; passível de sustentação. Podemos dizer “na prática”, que o conceito de sustentabilidade representa promover a exploração de áreas ou o uso de recursos do planeta de forma a prejudicar o menos possível, buscando um equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas que dele dependem para existir, sustentabilidade na visão atual é atividade economicamente viável, socialmente justa e ecologicamente correta.
          Porém muito se tem ouvido e visto em programas de TVs, propagandas e comerciais a apropriação do termo sustentabilidade, hoje o termo sustentabilidade tomou novos rumos.Como é do interesse de todos, Grupo Catuai planeja o lançamento de um mega empreendimento na cidade de Cascavel, região Oeste do Paraná, a construção de um Shopping Center, esse com 190 lojas, 31 mil m² de área bruta locável, previsto para entrega em 2010.
          E o que me chama atenção segundo o site Portal Fator Brasil (Fonte: http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=32964) é a  sustentabilidade das obras da construtora “O sistema de construção é moderno, pautado pela sustentabilidade e pela utilização de tecnologia operacional que atende ao conceito de Green Building (construção verde).”  . Porém a mesma reportagem não cita que a obra que ocupará 31 mil m² será construida em uma área de mananciais de abastecimento público.
          Os mananciais são fontes de onde se retira a água para abastecimento e consumo da população e  para a manutenção de atividades econômicas, engraçado não encontrar essa informação no site, ressalto ainda que o desenvolvimento urbano é uma da maiores causas da degradação dos mananciais. O Ministério público interveio e informou que deverá ser realizada uma audiência pública para verificar se a população aceita ou não a construção do shopping. É muito importante que a população esteja consciente de que é preciso disciplinar todo tipo de uso e ocupação do solo das bacias hidrográficas, principalmente das bacias cujos cursos d'água formam os mananciais que abastecem a população.
          E se de fato ocorrer uma audiencia pública votar contsciente de seus atos, deve-se proibir a construção de algo no local e se necessário devemos nos levantar do sofá, desligar as TVs e irmos às ruas Sustentabilidade é uma construção coletiva já que o desenvolvimento sustentável tem como fim o benefício da sociedade em geral e não apenas de uma pessoa parece que tem alguns que ainda não aprenderam.  
          
Basta de Ignorância. 
Vamos Preservar!
Sadraque Caetano

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

G. P. E. E. A.

"De nada valem as idéias sem homens que possam pô-las em prática."
(Karl Marx)
De uma  idéia! Foi assim que surgiu o grupo.
Ingênuo, como um murmúrio que ecoava pelos corredores da Universidade, grupo esse formado por pessoas que tinham algo em comum: uma vontade enorme de fazer algo pelo próximo, pelas próximas gerações, pela fauna e flora, em busca de ações que visassem o desenvolvimento sustentável em busca de um equilíbrio entre o homem e  a natureza tendo em vista que o planeta vive uma condição ambiental marcada por profundas mudanças na civilização, nos modelos econômico, tecnológico e cultural. O atual modelo civilizatório dominante e exploratório, mais comum aos países, degrada o ambiente, bem como ignora os limites biofísicos da natureza.  Com o tempo o que antes era um encontro de educadores ambientais se tornou uma família, hoje, grandes amigos com boas idéias e muita energia para pô-las em prática.
Para alcançá-las não é fácil, é necessário habilidade cuidadosamente adquirida com muita pesquisa, muitas noites em claro com várias e várias garrafas de café e se possível um energético, estudos e muitos estudos, estamos conseguindo desenvolver nossos projetos que vão desde elaboração de modelos didáticos, histórias em quadrinhos que abordam várias temáticas, passando por oficinas e teatro. 
Todo esforço é recompensado com cada sorriso que recebemos nas apresentações, quando juntos alunos e educadores conseguimos construir um conhecimento, cada semente que plantamos que em breve dará bons frutos.

Sempre nos questionam por que Educação Ambiental (EA)? 
Porque ela surge na busca por um modelo de sustentabilidade que por ventura não entre em confronto com atual modelo de produção e lucro “a educação não é o único meio para a transformação, mas um dos meios sem o qual não há mudança, portanto, o papel da Educação, enquanto Ambiental, vai além do educativo e alcança o âmbito social” segundo  Loureiro (2004).
 As reflexões sobre as práticas sociais nos levam a necessidade da articulação com a produção de sentidos sobre a EA, e busca por envolvimento de diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais visando uma abordagem interdisciplinar pois, em nenhum momento antes visto, a humanidade precisou tanto de mudança de paradigma, de uma Educação Renovadora, libertadora que alem de reciclar, consumir consciente e dotar os carros com energia limpa ao invés de combustíveis fosseis que são grandes poluentes, precisamos de um processo mais complexo, que promova o desenvolvimento de uma compreensão mais realista do mundo, precisamos de alem das boas idéias homens para pô-las em práticas, nós estamos tentando.

Sadraque Caetano.
Referências:
LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Educação Ambiental Transformadora. In LAYRARGUES, Philippe Pomier (org.). Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília: MMA, 2004 (p.65-84).